sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tres historias da vida de Steve Jobs

Steve Jobs em palestra na Universidade de Stanford

Final de ano é um estímulo para muita gente mudar de vida no sentido de tomar atitudes melhores, rever conceitos, superar desafios etc. Por isso decidi postar um vídeo, de 2005, que traz mensagens que valem ser reprisadas sempre.

Trata-se de uma palestra de Steve Jobs, fundador da Apple, onde ele relata experiências pessoais resumidas em três histórias que incluem desde problemas graves de saúde à fracassos, persistência e volta por cima.

O discurso está divido em duas partes, mas assista. Garanto que não irá se arrepender! A mensagem que mais me identificou foi quando ele diz que precisamos encontrar algo que a gente faça com amor. Não adianta trabalhar infeliz ou conformado apenas para pagar as contas. Claro que na maioria das vezes isso não é possível, mas pense nisso e reflita: será que realmente não é possível?


Read more: http://www.curiosando.com.br/?s=steve%20jobs%20palestra%20stanford#ixzz1W8kVDJ13

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Tentação do Plágio

Hoje a tecnologia facilita cada vez mais a vida. No campo da informação a internet se tornou a principal ferramenta. Comunicar-se através de e-mail, conhecer através de sites, são apenas duas entre tantas possibilidades do seu uso. O plágio é também facilitado, como outros usos inapropriados desta tecnologia, que podemos acompanhar nos noticiários. Os professores hoje têm dificuldades em avaliar trabalhos de alunos, principalmente quando são impressos fora do ambiente de sala de aula. Além de verificar a capacidade do estudante, precisa controlar se realmente é de sua autoria. Mas os professores mais preparados descobrem os casos de plágio usando os mesmos métodos dos plagiadores. Antes vamos esclarecer que copiar nem sempre é considerado plágio. Se a cópia vem indicada de onde, de quem e porque copiou não se trata de plágio. É plágio quando alguém apresenta algum trabalho (ou parte dele) copiado, identificando como se fosse seu, não citando nenhuma fonte. Isto vale para todas as áreas, não só acadêmica. Música, texto e imagens artísticas são facilmente vítimas de plágio.
Nossas universidades vivem casos de plágios com certa freqüência. Alguns estudantes, de todos os níveis acadêmicos, apresentam seus trabalhos plagiados esperando obter aprovação sem muito esforço e que o professor, na importante função de avaliador, aceite sem contestar. Trabalhos copiados de colegas são mais difíceis de constatar, porque existe um companheirismo na maioria dos casos, onde um não denuncia o outro. As vezes preferem perder o trabalho para não fazer inimizade com o colega. Trabalhos copiados da internet tem sido mais freqüentes, principalmente pela facilidade de encontrar todo tipo de assunto na rede de computadores. Mas basta ir num dos sites de busca, de preferência mais de um, digitar uma frase do texto suspeito no campo indicado, colocar entre aspas, e clicar para iniciar a busca. O plagiador geralmente peca por ingenuidade: acha que a facilidade que ele teve em encontrar a matéria, o professor/avaliador não vai ter.
Nossas escolas, tanto faz se pública ou privada, nível fundamental, média ou superior, tem que procurar inibir um pouco mais esta prática. O que antes se limitava apenas a cola no dia da prova, hoje a cola virou plágio de trabalhos inteiros, inclusive de conclusão de curso ou mesmo dissertação. Para os casos mais gritantes, deve-se estabelecer uma comissão de sindicância e punir o infrator, reprovando na matéria e, se for o caso, negando o diploma. O plágio é condenado por lei (Art. 5, § XXVII e XXVIII da Constituição Brasileira). O profissional que usa do plágio é antiético e incompetente. O estudante que plagia entra na mesma linha, dando indicativo de que vai se tornar um mau profissional.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Seleção Natural

Seleção Natural
Nestes dias tive uma experiência que mostra que a seleção natural existe entre nós e que depende principalmente da vontade própria. Não depende tanto, como nos animais, das condições do tempo ou condições físicas e, ao contrário do que se diz geralmente, não depende muito das injustiças sociais, apesar de que elas existem, infelizmente. Vou agora contar a experiência.
Em uma turma de alunos, a matéria foi dada em forma de seminários, onde os estudantes, organizados em equipes, pesquisaram sobre um tema e apresentaram em sala de aula, com debates, supervisionados pelo professor. Como os alunos exercem uma certa pressão sobre os professores (a carreira do professor depende em parte da avaliação que os seus alunos o fazem), acabei cedendo e, para avaliação, fiz uma prova em condições facilitadas, acatando os pedidos deles. A mesma foi feita de forma objetiva (assinalar a resposta correta) e consultiva (permitindo consultar a resposta correta antes de responder). Algumas condições foram colocadas: tempo limitado e realização individual, isto é, não podiam consultar nenhum colega. Podiam consultar qualquer material, como cadernos, fotocópias, livros e até mesmo a própria internet. Todas estas condições foram esclarecidas antes mesmo das aulas. Outra novidade é que a prova foi realizada com uso de computadores e internet. Os alunos tinham a matéria que eles mesmos pesquisaram disponíveis no site da instituição (sistema Ambiente Virtual de Aprendizagem), com quase duas semanas para estudar.
Acreditava-se que, nestas condições facilitadas, todos teriam boas notas. Geralmente as avaliações são realizadas sem consultas e subjetivas, exigindo memória e raciocínio para entender as perguntas e descrever as respostas. Mas, para surpresa, mesmo assim, nenhum aluno tirou a nota máxima e quase a metade não conseguiu a nota mínima de aprovação (seis).
Muitas conclusões podem ser deduzidas desta experiência. Talvez estes alunos estejam assim tão desestimulados? Ou mal preparados até para uma simples leitura e pesquisa? Mas gostaria de destacar duas conclusões: o sucesso de alguém não depende das suas condições de vida e, quanto mais facilidades a pessoa encontrar, menos ela exige de si mesma (grandes obras surgem geralmente em condições de grandes necessidades). Dar as mesmas condições não garante os mesmos resultados. Se você queria ser algo e não conseguiu, não dê logo a culpa a terceiros. Campeão não se nasce, se conquista.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

ALB – 10/04/08 - posse

ALB – 10/04/08 – Fundação Cultural de Blumenau

Senhor presidente da Academia de Letras Blumenauense, membros desta academia, autoridades aqui presentes e demais convidados, boa noite.

Com grande satisfação encontro-me agora diante de todos, num momento único, compartilhando esta alegria de poder fazer parte desta Academia, desta cidade símbolo para nosso estado e nosso país.
Mesmo não sendo natural desta cidade, são doze anos que leciono na FURB, a Universidade de Blumenau, sentindo-me parte desta comunidade, não somente acadêmica. Saindo de Criciúma, residi uns anos em Curitiba, outros na Itália, onde completei meus estudos, retornando em 1995 depois de 12 anos. São poucos os livros por mim publicados, mas tenho ainda alguns engavetados e incompletos. O dia de hoje é um estimulo a mais na minha busca no mundo da literatura, procurando fazer parte cada vez mais desta realidade, não somente como protagonista, mas principalmente como testemunha do trabalho de colegas e amigos, onde o sucesso não se resume à presença na mídia ou na livraria, mas a momentos como este.
Curiosamente, quase um ano atrás, fui convidado para expor meus trabalhos no CENEC Colégio Fayal de Itajaí, a convite do diretor Edson D´Avila, em ocasião do 15° aniversário in memoriam de Harry Laus, agora meu patrono. O evento foi organizado por sua irmã Ruth Laus, quando da republicação do romance deste escritor, “Os Papeis do Coronel”. Este livro teve sua primeira publicação na França, em 1992.
Para a tradutora francesa, Harry Laus atingia a emoção sem desperdícios, através de intenso trabalho. Era um escritor muito meticuloso, consciente e refletido. Escrever era um trabalho ao qual ele se atirava com sua habitual seriedade e um frenético desejo de atingir "o resultado, o sumo, a essência", nas palavras do Coronel desse romance, um pouco autobiográfico. Aliás, único romance de Harry Laus. Em Os Papéis do Coronel, o texto coloca seriamente a questão do escrever, deixando-nos o testemunho do processo literário de Harry Laus, suas angústias, questionamentos e seu caminho interior.
Nascido em Tijucas, Harry Laus foi oficial do Exército até 1964, quando entrou para a reserva. O escritor, jornalista e crítico de arte, estreou na literatura em 1958 com “Os Incoerentes”, livro que lhe rendeu o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras (ABL). Na imprensa, atuou em vários veículos, como “Correio da Manhã”, “Jornal do Brasil”, “Veja”, “Diário Catarinense” e “A Notícia”. Esteve também na direção do Museu de Artes de Joinville e de Florianópolis.
Autores como Harry Laus nos dão muitos exemplos para vida. Por exemplo, que o fim de sua carreira militar foi o inicio de uma carreira mais brilhante, que, mesmo não tendo talvez o reconhecimento merecido em vida, hoje é um imortal da literatura.
A vida é feita também do que fazemos para perpetuar nossas idéias. Uma continuidade feita principalmente através da família e da escrita. Vivemos a era da informação e os meios eletrônicos e digitais ainda não superaram a capacidade da escrita. A própria internet é feita principalmente de textos, mesmo se breves, obrigando os jovens a ler, em vez de ficarem passiveis diante da televisão. Agradecemos a pessoas como os fundadores desta academia, os organizadores deste evento, os colaboradores, profissionais e amantes da literatura, que possibilitam o perpetuar de nossas obras, para uma sociedade mais justa e pacifica.
Obrigado.